quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sedentarismo: Falta de tempo ou preguiça?

O sedentarismo, especificamente em pessoas idosas é causado por falta de tempo ou preguiça?


Uma pessoa que faz 30 minutos de exercícios por dia, já não é considerada sedentária, portanto, o sedentarismo é causado pela falta de tempo ou pela preguiça? A falta de tempo é apenas uma desculpa, pois, todos tem 30 minutos livres no dia, então não é uma justificativa que pode ser aceita. A preguiça depende da consciência e da força de vontade de cada um, afinal, a saúde pertece a pessoa, e não a outros.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Solução

Os exercícios físicos geram saúde, bem estar e disposição. O jovem que pratica terá uma velhice com menos complicações relacionadas ao corpo. Os idosos além de praticarem exercícios físicos, devem sempre manter uma alimentação adequada e acompanhada por um nutricionista, todo cuidado é pouco quando se trata da saúde de uma pessoa mais velha.
Exercícios físicos moderados, tais como caminhada, natação, pilates e yoga, são excelentes para pessoas da terceira idade, pois mantém o corpo ativo sem prejudicar o que já não funciona tão bem. O ideal é manter o hábito desde a juventude, mas para quem não teve essa atitude, ainda vale começar depois de velho. Nunca é tarde para ficar saudável e em forma.
Os idosos que nunca possuiram o hábito de praticar exercícios físicos, devem começar o quanto antes. Mesmo que nunca tenha o feito, ter uma vida saudável e longe do sedentarismo é essencial para as melhorias da saúde de pessoas com mais de 60 anos. A solução para essas pessoas é o incentivo em casa, feito por filhos, netos, amigos etc. que devem sempre influenciar o idoso a se exercitar. Mesmo que este não goste, é muitíssimo importante para a saúde de quem já não está mais na flor da idade.

Por que idosos devem se exercitar?

Um estudo realizado por Vanessa Gracieli Kuwano e Alexandre Miyaki da Silveira mostrou o porquê dos exercícios físicos para os idosos.




Este estudo teve como objetivo avaliar a influência das atividades físicas sistematizadas, no caso a hidroginástica, na autopercepção do idoso em relação às atividades da vida diária. Fizeram parte da amostra 40 indivíduos do sexo feminino com idade acima de 50 anos. Destes, 20 idosos freqüentaram as aulas de hidroginástica duas vezes por semana, e 20 indivíduos não praticavam atividade física, ou seja, eram sedentários. A pesquisa caracterizou-se como descritiva, e como
instrumento de medida utilizou-se um questionário com 40 perguntas, proposto por Andreotti e Okuma (apud MATSUDO, 2000), o qual se refere às várias atividades realizadas durante a rotina diária do idoso. Para tratamento dos dados, foi utilizada a escala proposta por Andreotti e Okuma (apud MATSUDO, 2000), a estatística descritiva e o teste “t” de Student. Foram comparados os dados de indivíduos que praticavam  hidroginástica havia um ano ou mais e dados de indivíduos sedentários. Os resultados apontaram que os indivíduos praticantes de atividade física melhoraram em relação aos aspectos 
físico, psíquico e social e receberam um conceito de “muito bom”, pontuação máxima na escala proposta  pelo estudo, enquanto os indivíduos sedentários receberam o conceito de “bom”. Houve diferença estatisticamente significativa p<0,05, 
entre o grupo de idosos ativos e o de inativos. Concluiu-se que o programa atividades físicas sistematizadas - hidroginástica - auxilia na manutenção da autonomia do idoso em relação às atividades da vida diária, e que os idosos percebem os benefícios proporcionados pela atividade física. Tais resultados  interferem, de maneira positiva, na qualidade de vida dos idosos. 

Infarto do Miocárdio

Outro problema muito comum causado pelo sedentarismo na terceira idade.



Essas complicações ocorrem quando os grandes vasos são afetados, levando à obstrução/estenose (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos –que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e suspender o tabagismo – são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes.
Infarto Agudo do Miocárdio (Angina de Peito)Essa é uma doença cardiovascular responsável pela principal causa de morte relacionada ao diabetes, não importando o tipo. Sem controle adequado, geralmente surge o estado de hiperglicemia, o que é um fator de risco para doenças do coração.
Além disso, outros fatores predispões a arteriosclerose como a hipertensão arterial, alteração do metabolismo das gorduras (aumento do LDL, aumento dos triglicérides e redução do HDL), tabagismo, obesidade, falta de atividade física e presença de microalbuminúria (proteína na urina).
Esse é um processo que ocorre com as placas de gordura nas principais artérias do organismo (como as coronárias do coração). Com o tempo, essas placas podem se romper, formando coágulos de sangue que levam à obstrução, caracterizando o que chamamos de infarto do miocárdio.
Sintomas de Infarto do Miocárdio Nem Sempre São Iguais
Muitas pessoas com um quadro de infarto apresentam os mesmos sintomas. Contudo, podem aparecer manifestações atípicas: casos com total ausência de dor (infarto silencioso), ou o surgimento de dores em locais fora do tórax, como a parte superior do abdome, ombros, dorso e pescoço. Nesses casos é mais difícil diagnosticar o problema.

Como sempre, o bom controle das taxas glicêmicas, associado ao controle dos outros fatores de risco, pode prevenir o infarto agudo do miocárdio. Além disso, existem medicações que podem promover um efeito protetor. Procure sempre um médico para a melhor avaliação do seu caso.

Recomenda-se que as pessoas com diabetes recebam uma avaliação anual para o risco de doenças no coração. Além do exame clínico com o médico, indica-se a realização dos exames rotineiros dos fatores de risco:
  •  Avaliação do diabetes;
  •  Colesterol, triglicérides;
  •  Pressão arterial.
Também é recomendado a realização de testes para a detecção de isquemia miocárdica.
Acidentes Vasculares Cerebrais ou Obstrução das Artérias das Pernas
Os níveis de gordura nas paredes das artérias podem ficar tão elevados ao ponto de causar o estreitamento da passagem do sangue, acarretando no entupimento completo. Chamamos essa situação de obstrução ou estenose arterial.
Essas gorduras acumuladas podem causar a formação de coágulos que, se levados pela corrente sanguínea, acabam entupindo (oclusão) uma artéria distal (que vem a seguir) de menor diâmetro. Essa interrupção da irrigação pode levar à isquemia, que é a redução da chegada de oxigênio nos tecidos.
Se a oclusão for de uma artéria coronária, a conseqüência será um infarto do miocárdio. Se for de uma artéria que irriga o cérebro, ocorrerá um derrame ou acidente vascular cerebral. Se a oclusão acometer uma das artérias da perna e não for tratada a tempo, pode ocorrer dor durante a caminhada, sensação de frio nas extremidades e, às vezes, até uma amputação por gangrena.
Para evitar esses problemas, o exame clínico é sempre fundamental. O médico pode detectar a redução da pulsação das artérias e sentir a temperatura local por meio de exame clínico. Alguns sintomas são sugestivos desses problemas, tais como dor nas pernas após atividade física (como caminhada), extremidades dos pés frias, episódios de tonturas, etc.
Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Diabetes

A Diabetes também pode ser causada pelo sedentarismo e é bastante comum na terceira idade. É causada pelo acúmulo de glicose no sangue, quando o Pâncreas para de produzir insulina e o açúcar não é eliminado.


Nefropatia Diabética

Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total. Contudo, esse quadro é controlável e existem exames para detectar o problema ainda no inicio.


Características Gerais
Os rins são órgãos muito sensíveis ao mau trato do nosso organismo. Funcionam como filtros no corpo humano com a importante função de eliminar, pela urina, as substâncias provenientes do metabolismo, que já não têm utilidade para as atividades orgânicas. Ao mesmo tempo, precisam manter outras substâncias que não devem ser descartadas, como as proteínas.
A Nefropatia Diabética pode afetar o bom funcionamento dos rins, fazendo com que eles percam a capacidade de filtrar adequadamente essas substâncias. Uma das proteínas que circulam no sangue é a albumina, que possui alto valor biológico e fornece todos os aminoácidos essenciais para facilitar a recuperação do organismo.
Na fase inicial da Nefropatia Diabética, aparecem pequenas quantidades dessa proteína na urina (detectada através do exame de microalbuminúria). É comum que nesse estágio ocorra, também, o aumento da pressão arterial (hipertensão). Esta situação pode levar à insuficiência renal avançada.

No diabetes tipo 1, a insuficiência renal progressiva ocorre em cerca de 50% dos pacientes. No tipo 2, observa-se um crescente número dessa complicação, traduzindo o controle muito aquém do desejado.
Tratamento
Na maior parte das pessoas com o diabetes, o bom controle das taxas de glicemia previne a Nefropatia. Mesmo naqueles que já apresentam microalbuminúria na urina, o diabetes bem controlado evita a piora do quadro.

Por isso, o tratamento adequado do diabetes e o controle da pressão arterial são considerados fundamentais para evitar esta complicação, podendo, em alguns casos, até regredir o processo. È recomendável, também, o controle do colesterol, parar de fumar, ter uma dieta mais balanceada e até mesmo o uso de algumas medicações (sempre receitadas por um especialista).

Caso já exista perda importante da função renal (insuficiência renal avançada), entrará em ação a diálise ou transplante.
Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Hipertensão Arterial

Uma outra doença muito comum em pessoas de idade, é a hipertensão . A falta de exercícios físicos leva a pessoa a ter problemas com a pressão arterial, o que gera a doença. 


Caetano Baptista Neto diz: Hoje em dia é comum atendermos pacientes hipertensos que não sabem de sua condição, acreditando estarem em plena saúde. Por inúmeras vezes constatei casos em que no exame físico geral o paciente apresentou valores alarmantes da pressão arterial, que quando encaminhado ao médico foi constatada a hipertensão.

A pressão arterial (PA) é um dos sinais vitais, assim como a temperatura, respiração e pulso que, quando alterada, pode acarretar em complicações sistêmicas graves. Portanto, é fundamental que o profissional da área de saúde saiba mensurar e interpretar os valores pressóricos. Não obstante a técnica, o Cirurgião Dentista deve saber interpretar os dados colhidos, levando em conta a responsabilidade perante o paciente em saber intervir adequadamente e avaliar os riscos dos procedimentos odontológicos a serem realizados, bem como encaminhá-lo em casos onde a PA esteja descontrolada.
Segundo o dicionário significa apenas determinar a medida, sem que haja uma interpretação ou comparação com padrões.

O conceito de PA consiste na força em que o sangue exerce nas paredes internas dos vasos sangüíneos. A pressão arterial depende de vários fatores, a saber: volume de sangue impulsionado para a corrente circulatória em um determinado tempo (débito cardíaco); volume total de sangue circulante (volemia); integridade dos vasos (resistência periférica); viscosidade sangüínea; agentes químicos e hormonais; sistema nervoso; elasticidade dos vasos; calibre dos vasos; emocional; entre outros. Qualquer dano nesses fatores io Aurélio (2000), o termo aferir é o que melhor define a avaliação da PA é, pois expressa a idéia de “conferir (pesos, medidas, etc) com respectivos padrões”, diferentemente de mensurar / medir qupode alterar a pressão arterial.

Obesidade

Um dos problemas que pode ocorrer na terceira idade por falta de exercícios físicos é a obesidade.


A obesidade é uma doença multifatorial, pois agrega fatores genéticos, endócrinos, neurológicos, psicológicos e ambientais que podem desempenhar, em diferentes indivíduos, papéis importantes na patogênese da obesidade. A obesidade não é uma doença única, mas um grupo heterogêneo de desordens, cada qual manifestado pelo excesso de gordura corporal (WAJCHENBERG, 2OOO). Entretanto, os fatores genéticos desempenham papel importante na determinação da suscetibilidade do indivíduo para o ganho de peso, porém são os fatores ambientais e de estilo de vida, tais como os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo, que geralmente levam ao surgimento da obesidade (FRANCISCHI, 2000).
Algumas doenças potencializadas pela obesidade como as cardiovasculares, DM, osteomusculares, entre outras, assumem importância maior entre os idosos, pois já apresentam frequências aumentadas com a idade em indivíduos idosos não obesos (CABRERA E FILHO, 2001). O aumento do peso excessivo é um problema encontrado quase sempre na área urbana.
Para o diagnóstico da obesidade utiliza-se o IMC (Kg\m²), que é recomendado pela WHO como um indicador de risco nutricional, sendo amplamente utilizado em estudos epidemiológicos, devido a sua facilidade de mensuração, seu baixo custo e pequena variação intermediador (FONSECA ET AL, 2004). O idoso é considerado obeso quando apresenta IMC maior que 27kg \m²)

Tabela: IMC recomendado para indivíduos idosos

IMC (kg\m²)                    Classificação
<22                                      Desnutrição
22 – 27                               Eutrofia
>27                                     Obesidade


Como calcular o IMC:
Para fazer o cálculo do IMC basta dividir seu peso em quilogramas pela altura ao quadrado (em metros). O número que será gerado deve ser comparado aos valores da tabela IMC para se saber se você está abaixo, em seu peso ideal ou acima do peso.







Com o avançar da idade, a composição corporal muda com o aumento da gordura corporal total e visceral em função principalmente das alterações hormonais que ocorrem na velhice. Nos homens, com a idade, há diminuição da secreção da testosterona e do hormônio de crescimento (GH) causando um aumento da gordura visceral. Nas mulheres, com o hipoestrogenismo e a diminuição do GH, na fase climatérica, associados a um aumento das taxas de testosterona, são responsáveis pelo aumento de gordura visceral na pós-menopausa (MATOS, 2005)




dissertação da aluna Sarah Ricardo Peres da Silveira
 intitulada - Parâmetros inflamatórios e metabólicos em uma população de idosos portadores e não portadoras de Síndrome Metabólica
 Mestrado  2007

Apresentação

"Em geral são considerados idosos, numa determinada sociedade, aqueles que depois de terem passado pelas fases de crescimento e maturidade, entram numa etapa de alteração de seus papéis sociais com a diminuição da sua capacidade produtiva e relativa dependência de outras pessoas para o desempenho de atividades diárias. A velhice é uma etapa da vida com características e valores próprios, onde ocorrem modificações fisiológicas no individuo, na estrutura orgânica, no metabolismo, no equilíbrio bioquímico, na imunidade, na nutrição, nos mecanismos funcionais, e nas características intelectuais e emocionais.
As condições de saúde de um idoso dependem do estilo de vida que ele adotou antes dos sessenta anos. As modificações nos hábitos alimentares e na pratica de exercícios físicos podem ter grande influencia sobre a qualidade de vida reduzindo ou retardando as mudanças e as doenças que surgem nessa faze da vida.
dissertação da aluna Sarah Ricardo Peres da Silveira
intitulada - Parametros inflamatórios e metabólicos em uma população de idosos portadores e não portadores de Síndrome Metabólica
Mestrado  2007


O motivo do projeto de pesquisa é informar a todos o que a falta de exercícios físicos pode acarretar na terceira idade. Doenças, dores no corpo e entre outros são os problemas comuns que vemos os idosos terem. A melhor idade, porém, precisa de soluções para melhorar sua saúde, e é por isso que essa pesquisa está baseada nesse problema que ocorre nas pessoas com mais de 60 anos.
A pessoa que mantém hábitos saudáveis na juventude, se alimentando bem e praticando exercícios físicos, com certeza terá uma velhice mais agradável e saudável, e ir ao médico, talvez não será um hábito tão rotineiro. Nas postagens seguintes serão apresentados os possíveis problemas que podem ocorrer devido a falta de exercícios físicos e como solucioná-los depois de certa idade.